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Mostrando postagens de maio, 2011

O Super-Homem Nietzschiano

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Um Tempo, Nana Mais! Estágios de evolução; estágios para a evolução: evoluir, superar-se a si mesmo, transcender a mera forma atual; gerar de si um ‘ser outro’, a mais nova versão de si mesmo, isto é, do homem. Há um profundo e inquietante anseio de conviver entre homens que tenham sido formados a partir de outra perspectiva, de outra educação para o ser, que tenham sido educados, formados, plasmados por uma visão de conjunto, de sentido e ligação com o espírito da terra, da bios, do que é natural e visceralmente terreno, demasiado humano.  Homens que não tenham sido catequizados por uma quimera e por um sonho que vislumbra constantemente uma terra longínqua, habitada por seres extraordinários e extraterrestres. Seres estes que, segundo os discursos, castigam, perdoam e abençoam os míseros homens. Discursos que falam de “esperanças supra-terrestres” (Nietzsche).   Ao invés disso, “quero ensinar aos homens o sentido da sua existência, que é o Super-homem, o relâmpago que brota da

Nietzsche: Vontade de Potência (I)

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Vontade, Potência e Ressentimento   Um dos conceitos da filosofia de Nietzsche é o de “Vontade de Potência”. Este conceito faz parte da análise e crítica da racionalidade e da ciência ocidentais, ou seja, funciona como princípio conceitual para a análise do problema do conhecimento (ciência).  O filósofo sustenta, portanto, que a racionalidade científica moderna se configura em manifestação “negativa” da vontade potência ou de dominar. Cumpre lembrar que, para Nietzsche, esta “Vontade de Potência” é própria do homem, lhe é essencial, “porque todo instinto é ávido de domínio” ( Para Além do Bem e do Mal). O desdobramento da vontade de potência se dá por meio dos instintos (forças) que, por sua vez, são responsáveis por criar métodos científicos, teorias do conhecimento e crenças no sujeito, naquilo que se entende por unidade e na verdade. Todavia, a crítica do filósofo afirma que tais nada mais são que mecanismos ilusórios que não servem para potencializar o ato de conhecer, ma

O Niilismo como refúgio e criação.

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  Nietzsch: Crítico e Filósofo “A cultura Ocidental está viciada desde sua origem: é uma cultura racional e dogmática e, por isso, é decadente”.A crítica nietzschiana da moral é antes um diagnóstico cultural da civilização ocidental á qual considera decadente e em vésperas de sua ruína. O principal erro da moral tradicional é sua “anti-naturalidade”. Vai contra a natureza, contra a vida. A base filosófica desta Moral “contra-natural” é o platonismo que acabou convertendo-se na Metafísica Cristã.  Segundo Nietzsche, tais são as características desta Moral: a)     É uma ciência sem fundamento: não se questiona b)     É anti-natural: se opõe à vida c)      Esquece o indivíduo d)     Se apóia em idéias falsas e)     Enraizada no irracional: idéias de ilusão, fantasia f)       Moral de rebanho: filha do medo. Nietzsche distingue dois tipos de Moral, a moral dos senhores que é própria dos espíritos elevados. Moral própria ao Super-homem (conceito nietzschiano) e

A LENTE DE PLATÃO (I)

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O Ocidente possui suas raízes históricas e culturais na Grécia Clássica. Para compreender-se a si mesma, a cultura ocidental voltou seu olhar diversas vezes para a Grécia Clássica, a exemplo da Renascença. O filósofo Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) é considerado crítico mais ácido e radical da moral ocidental e do cristianismo, já que, para Nietzsche, um deriva do outro. O filósofo estende sua crítica também à política e á verdade, no que se refere ao modo como os filósofos ocidentais a buscaram ao longo da história da filosofia.  O que justifica tamanha insatisfação com a moral ocidental? O filósofo não buscava a construção de um “‘sistema filosófico’, o que pretendia era “a experiência estética de vida”, afirmada como superior ao pensamento conceitual” (REZENDE, 2010, p. 219). Ora, além do ocidente valorizar sobremaneira o pensamento racional, conceitual, para o filósofo Nietzsche, Platão é considerado um dos responsáveis pela supervalorização do pensamento teórico. Platão se t

A LENTE DE PLATÃO (II)

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NIETZSCHE: “Não sou um homem, sou uma Dinamite”  O confronto da modernidade e do cristianismo com o pensamento arcaico faz com que Nietzsche produza uma crítica radical, profundamente ácida. Essa crítica, entendida como critério de avaliação denuncia que o ocidente, incluindo os filósofos ocidentais na História da Filosofia, não deu seqüência àquele modo de pensamento e de existência anteriores a Sócrates e Platão.  O pensamento nietzschiano é oferecido como alternativa às ilusões construídas pela religião (cristianismo) e pela ciência, porque, segundo Nietzsche, o modelo de pensamento ocidental, configurado a partir da história do conhecimento humano, define-se pela história da negação da vida, história esta responsável pela construção do modelo de Homem que não existe e nem será capaz de existir. Nietzsche sustenta que este “antropocentrismo” ocidental é responsável pela construção de uma imagem de homem largamente superior ao que o homem consegue ser de fato.  Isto se just