O Racismo e a Homofobia “Progressista” de Bolsonaro

O Caso Bolsonaro

O tempo avança e, em alguns aspectos, percebe-se na maioria das pessoas certo amadurecimento, expressivo bom senso, clareza de juízo, larga cordialidade e gentileza, capacidade de sentir e de pensar, além da aprovação irrestrita da Democracia como modelo de existência político e sócio-cultural. Tudo isso, segundo alguns, revela igualmente, certo avanço humano no que se refere à essência deste Ser.

Todavia, alguns indivíduos ainda teimam em serem retrógrados em suas noções, rudes e míopes em suas visões e modelos de mundo, enfim, medíocres em seus horizontes de percepção e, com sua ignorância e estupidez, justificam e alimentam atos de violência na sociedade. A Ignorância e a estupidez são irmãs gêmeas da violência. Aquilo que a palavra exprime está no íntimo do pensamento e este alimenta tanto a palavra quanto a ação.

Um exemplo distinto desse tipo de indivíduo é o Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) que afirma, em rede nacional (“O Povo quer Saber”: programa CQC – 27/03/2011), seu racismo contra negros (as) brasileiros (as) e contra os gays em geral. Este pífio político brasileiro, ofereceu evidências mais que suficientes de que é racista e homofóbico, isto é, ele consegue concentrar em si as duas pragas mais vis das quais a cultura mundial contemporânea quer livrar-se.

Palavras do citado político: “Se eu fosse racista, eu não seria maluco de declarar isso numa televisão”. Este é o discurso reprimido e reprovável de muitos no Brasil, dos Padres aos Políticos, dos Técnicos de Futebol aos Pastores, dos Professores aos Apresentadores de Televisão. Discurso de quem oculta do público a real natureza do seu pensamento sobre gays e negros.

Cumpre lembrar que o Jair Bolsonaro é um dos que, junto com políticos-pastores evangélicos e conservadores, proferem discursos contra o PLC 122 que é responsável por equipará os delitos de homofobia aos de racismo no Brasil, tornando-os crime passível de punição. Um homofóbico como este infame, se pudesse, é claro, jamais votaria a favor do PLC 122, pois estaria “dando um tiro no próprio pé”. O PLC 122 pode extinguir ou, pelo menos, diminuir as mais de 250 mortes de Trans e Homossexuais, torturados e assassinados pelo simples fato de serem gays.

Algumas atitudes necessitam de serem radicalmente repudiadas e punidas, sobretudo quando estas são praticadas por políticos. A política em si é um instrumento social de poder inimaginável. Na condição de instrumento social, a política tem o poder de mudar os rumos da sociedade, inclusive alterar o modo de vida da nação, através da lei. Talvez, percebendo este lado instrumental da política, os Pastores Evangélicos conservadores e os Padres Católicos se “infiltraram” na política para fazerem valer na sociedade brasileira seu modo de pensar e impor à nação o seu código moral.

O Brasil necessita atentar não apenas para o racismo e a homofobia dos políticos, mas igualmente para o fato de a política possivelmente tornar-se unicamente um instrumento de manipulação social, utilizado por algumas denominações religiosas, como o é por tantos outros seguimentos sociais. Além dos interesses das próprias religiões, os tais pastores-políticos, com sua moral fudida, centram esforços para se posicionarem contra a descriminalização do aborto, a regularização da união homoafetiva e contra a legislação para a Eutanásia, dentre mais.

Neste momento, Que o Brasil possa exprimir Bom Senso e Clareza de Juízo ao oferecer ao Bolsonaro uma resposta radical e enérgica, como reação à sua atitude racista e homofóbica.

CQC 27/03/2011: http://www.youtube.com/watch?v=XHj_yoggvMo

Evangélicos contra o PLC 122: http://www.youtube.com/watch?v=6PtAGTIOTh4

Entenda o PLC122: http://www.naohomofobia.com.br/lei/PROJETO%20DE%20LEI%20plc122-06.pdf